Entenda as diferenças entre cadeira de rodas motorizada e manual
A dúvida é corriqueira e deve mesmo existir porque trata-se de uma decisão que, se não for feita com critérios, vai afetar diretamente a qualidade de vida do cadeirante. Além disso, o modelo inadequado pode até mesmo trazer outros problemas, como dores musculares, além de acentuar as chances de desenvolvimento de úlceras.Por mais que possam parecer semelhantes, os dois tipos têm particularidades que os colocam como favoritos para uns e odiados por outros. Por isso, a aquisição deve ser feita com calma e com a ajuda de pessoas com conhecimento sobre o equipamento, incluindo os médicos, fisioterapeutas e os atendentes das lojas onde forem compradas.
Neste post, vamos explicar as diferenças para que você tenha mais subsídios para acertar na escolha.
Continue a leitura.
Cadeira de rodas motorizada
A cadeira de rodas motorizada conta com dois motores (um em cada roda) e baterias recarregáveis. A autonomia das baterias costuma ser acima de 15 quilômetros (alguns modelos chegam a mais de 30 quilômetros), dependendo do peso de quem vai ocupar a cadeira e da forma como ela for usada.
A locomoção é mais indicada para percursos planos e em até desníveis menos acentuados. A condução da cadeira é feita por meio de controladores eletrônicos, sendo acionados por um joystick, controlando a velocidade e a direção. A frenagem se dá ao parar de acionar o joystick. Também há um sistema de freios que mantém a cadeira imobilizada (não desce em rampas, por exemplo).
O cadeirante pode utilizar os dedos, o pé e o queixo para acionar os controladores eletrônicos. É necessário que o usuário esteja com as funções visuais, auditivas e cognitivas em boas condições, principalmente quando sair sozinho.
O uso mais indicado deste modelo é para portadores de patologias progressivas, como distrofia muscular, amiotrofia espinhal, esclerose múltipla ou lateral amiotrófica.
☛ Outras patologias, como AVC e lesões medulares, tais como tetraplegia e paraplegia, também costumam ser requisito para a indicação da cadeira de rodas motorizada, mas depende de analisar caso a caso.
Vantagens
- Maior liberdade e autonomia para o usuário
- Praticidade para percorrer longas distâncias
- Ajuda a evitar o agravamento de eventuais problemas musculares em braços e ombros
Desvantagem
- Costumam ser mais pesadas
- São mais difíceis de transportar e de guardar
- São mais caras e requerem preocupação maior com a manutenção
- Difícil andar com elas em ruas com desníveis muito acentuados
Cadeira de rodas manual
A cadeira de rodas manual, como o nome sugere, precisa ser acionada com a força do usuário ou de outra pessoa que o esteja ajudando. O acionamento se dá por aros próximos às rodas. A velocidade é definida pelo próprio usuário.
É geralmente indicada para quem não tem comprometimento dos membros superiores. Pessoas que tenham comprometimento total de suas funções motoras eu que precisam de apoio integral de outra pessoa, também têm indicação de cadeira de roda manual.
Há modelos mais simples, com poucas regulagens e indicados para usos rápidos – como aquelas disponíveis em prontos socorros – e modelos mais incrementados, com várias regulagens que oferecem melhor conforto ao cadeirante.
Vantagens
- Pela necessidade de esforço para a locomoção, o cadeirante acaba melhorando sua condição física.
- Manutenção mais simples
- Mais leve e fácil de ser transportada
- Mais barata do que as motorizadas
Desvantagens
- Dificuldade para trajetos longos, aumentando chances de lesões musculares
- Menos estabilidade
Dicas gerais para escolher entre a cadeira de rodas motorizada e a manual
- Leve em conta os hábitos do usuário. Se ele não gosta de andar muito e prefere ficar mais em casa, talvez não seja necessária uma cadeira motorizada.
- Preste atenção às garantias e à assistência técnica.
- Procure conversar com pessoas que já usam o modelo pretendido para ter uma real avaliação das vantagens e desvantagens.
- Nos modelos motorizados, preste atenção à autonomia da bateria, para não ficar recarregando a todo instante.
- Fique atento aos tipos monobloco (que é uma estrutura única e geralmente mais leve) e dobrável em X (que são duas partes unidas por um tubo e que permitem a dobra da cadeira facilitando o transporte).
- Algumas marcas permitem uma certa “personalização”, no tamanho do assento, no encosto, na cor e em outros itens.
- Avalie as opções que contam com vários ajustes para apoio dos braços, dos pés, do assento, do encosto e das pernas.
- Veja também opções que oferecem rodas antitombo na traseira, o que dá mais segurança.
- Não deixe de conferir como são os pneus. Eles podem ser maciços ou pneumáticos, e a escolha depende do tipo de cadeira, dos trajetos que se pretende fazer e do conforto pretendido.
- Experimente todos os modelos pretendidos, de preferência com a ajuda de algum familiar ou amigo para ajudar na avaliação.
- Só compre com prescrição de um médico ou fisioterapeuta e dê preferência às lojas em que os atendentes saibam exatamente o que estão vendendo.
Esse artigo foi bom para você? Então compartilhe, faça que ele seja bom para outras pessoas, isso também é inclusão social!!!
Curta a nossa página no facebook para ficar sempre por dentro das novidades, assine o território deficiente em "ASSINE" e compartilhe essa postagem com os amigos (as). Até a próxima!
Fonte: Ortobraz
Fonte: Ortobraz
0 Comentários