O que é um Haters?
"Parece um macaco!”; “Você tem que morrer; você é um monstro."; “Parece um ET.”
Sabe para quem essas frases, carregadas de preconceito, foram ditas? Para uma criança de 3 anos com síndrome de down, para duas jovens que são irmãs e têm uma síndrome rara e para uma mulher que usa cadeira de rodas. Foram mensagens deixadas nas redes sociais dessas pessoas.
Parece mentira, né? Mas isso existe: preconceito contra pessoas com deficiência, tema da reportagem especial do programa Fantástico da TV Globo, programa que vai ao ar todos domingos.
A criança com síndrome de Down vítima de ataques nas redes sociais é Pepo, de São Paulo. A equipe do programa conversou com os pais do menino, que, após uma tentativa de diálogo, resolveram expor as mensagens recebidas aos seguidores da página que eles criaram após o nascimento do filho.
Acho que o maior medo dos pais - independentemente se eles têm filho com deficiência ou não - é o preconceito. Não é possível que alguém ofenda - uma criança ainda - e sem motivo nenhum, lamenta a mãe de Pepo, a empreendedora social Marina Zylberstajn.
A mãe das irmãs Tamyres e Laryssa Marcondes, de 19 e 21 anos, moradoras de Caieiras (SP), nasceram com uma síndrome rara que afeta os ossos do rosto.
Você vê sua filha sofrendo e você quer entrar na frente, brigar por elas, entendeu?, relembra a mãe delas, Ana Paula Marcondes.
Leia também: A Solidão das Mães de Crianças com Deficiência.
Assim como as irmãs, Leandrinha Duarte, de 26 anos, moradora de Minas Gerais, também tem uma deficiência; precisa usar cadeira de rodas. Há nove anos, ela criou sua primeira rede social, para falar sobre sexualidade, e diz que convive sempre com ofensas.
Um corpo torto, aleijado, um corpo trans e um corpo empoderado. Eu não conheço nenhuma pessoa com deficiência que ocupe as redes sociais que não seja atacada. Nenhuma.
- Leandrinha Duarte, Pessoa com Deficiência
É importante destacar: esse tipo de mensagem é crime e está previsto na Lei Brasileira de Inclusão. Confira essa lei completa clicando aqui.
Um levantamento feito pelo programa Fantástico aponta que só a polícia de 11 estados brasileiros e do DF tem algum tipo de atendimento voltado especificamente às pessoas com deficiência. No entanto, o boletim de ocorrência de discriminação pode ser feito em qualquer distrito.
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